sábado, 4 de julho de 2009

COMO É BOM

De manhã e de noite
Como é bom [...] anunciar de manhã o teu amor leal e de noite a tua fidelidade. (Sl 92.1,2.)

Três salmos começam com a expressão “como é bom”: “Como é bom render graças ao Senhor” (Sl 92.1), “Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!” (Sl 133.1) e “Como é bom cantar louvores ao nosso Deus!” (Sl 147.1). Todos os que entoavam essas canções ao Senhor e todos os que hoje lêem esses salmos têm o mesmo gosto, a mesma opinião? É de fato bom agradecer, tomar o cálice comum e cantar? Se o livro dos Salmos está cheio de “como é bom”, o livro de Provérbios está cheio de “não é bom”: “Não é bom castigar o inocente, nem açoitar quem merece ser honrado” (Pv 17.26); “Não é bom ter zelo sem conhecimento, nem ser precipitado e perder o caminho” (Pv 19.2) e “Agir com parcialidade não é bom” (Pv 28.21).

No caso do Salmo 92, o “como é bom” abarca três gestos: como é bom render graças ao Senhor, como é bom cantar louvores ao Altíssimo e como é bom anunciar de manhã o amor de Deus e de noite a sua fidelidade “ao som da lira de dez cordas e da cítara, e da melodia da harpa” (Sl 92.1-3).

É muito significativa a mistura das ações de graça e dos louvores com a proclamação dos predicados de Deus. Na verdade, a gratidão sincera e o louvor sincero acabam desaguando na pregação do evangelho. Neste caso, o primeiro móvel da evangelização não é a ordem de Jesus de ir pelo mundo todo e pregar o evangelho a todas as pessoas (Mc 16.15), é a força da gratidão.

O agradecido não consegue ficar de boca fechada e de pés amarrados. A mulher samaritana não conseguiu ficar calada (Jo 4.28,29), o homem gadareno não conseguiu ficar calado (Mc 5.20), nem Paulo conseguiu ficar calado (At 9.20).

Retirado de “Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos” (Editora Ultimato, 2006).

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Deixando o Mundo do Lado de Fora

"Chegai-vos para Deus, e ele se chegará para vós. Limpai as
mãos, pecadores; e, vós de espírito vacilante, purificai os
corações" (Tiago 4:8).


"Não é o navio na água mas a água no navio que o afunda. Da
mesma forma, não é o Cristão no mundo mas o mundo no cristão
que constitui o perigo. Qualquer coisa que ofusca a minha
visão do Senhor Jesus, ou afasta-me do prazer de estudar a
Bíblia, ou paralisa minha vida de oração, ou dificulta o meu
trabalho cristão, está errado para mim e eu devo
rejeitá-la." (J. Wilbur Chapman)

Que lugar tem ocupado o mundo em nossa vida? O lado externo
ou interno? Temos, como cristãos, repelido todas as
armadilhas que o mundo oferece, por mais brilhantes e
sedutoras que sejam? Temos compreendido que o nosso
testemunho precisa glorificar, em todos os aspectos, o nome
do Senhor?

Muitas vezes cedemos às tentações crendo que o nosso
"pecadinho" não terá nenhuma influência em nossa vida
espiritual. Cremos dessa forma e estamos completamente
enganados. Um grande afastamento de Deus começa por um
pequeno passo a poucos centímetros dEle! E quanto mais longe
estamos do Senhor, mais difícil se torna o regresso à Sua
presença onde existe amor, carinho e todas as bênçãos de que
necessitamos para uma vida abundante, feliz e eterna.

Quando um navio começa a afundar? Quando tem alguns
centímetros de água em seu interior. Quando um cristão
começa a afundar espiritualmente? Quando um pequeno pecado
se instala em seu coração. Se o comandante obtém sucesso em
deter a entrada de água logo no início, o navio se salva. Se
o cristão rejeita o pecado logo que ele tenta encontrar
espaço em sua vida, a porta é fechada e ele segue firme
glorificando e engrandecendo o nome do Senhor Jesus.

Você pode viver no mundo, mas não o deixe viver em você.